sexta-feira, 2 de maio de 2014

Associação de Praças da PM vai entrar na Justiça contra decisão de cassar folgas da tropa



Associação de Praças da Polícia Militar e Bombeiros (Aspra) do estado do Rio vai entrar na Justiça contra a decisão do comando da PM que cassou as folgas da tropa, a partir desta quinta-feira, para reforçar o patrulhamento ostensivo nas áreas de todos os batalhões. A medida, revelada ontem pelo EXTRA, vale até o dia 31 e foi tomada para tentar diminuir o número de roubos de rua no estado, índice que subiu 53,2%, comparando janeiro deste ano com o de 2012.
Para o presidente da Aspra, Vanderlei Ribeiro, a decisão é autoritária, e não será eficaz para reduzir o índices de criminalidade:
- O problema da segurança pública do Rio passa pela necessidade de uma gestão qualificada, e não será resolvido sacrificando os praças. Essa medida só vai deixar a tropa revoltada, e não vai ter qualquer resultado.
Para que o reforço seja possível, o comando determinou que seja utilizado até 50% dos policiais de folga dos batalhões. Para isso, o comando da PM cancelou o Regime Adicional de Serviço (RAS) - o bico oficial - voluntário e estabeleceu o compulsório. Dessa forma, todos os policiais - e não apenas aqueles que desejarem - serão obrigados ao serviço extra quando forem escalados.
- Nós estamos revoltados. Não queremos RAS compulsório. Queremos poder escolher quando vamos fazer serviços extras. A tropa está muito insatisfeita - reclamou um cabo, que não quis se identificar.
- Como o comando acha que estará nossa disposição nos obrigando a trabalhar tanto? Queremos nossas folgas. A escala atual já é apertada - reclama um soldado que também preferiu o anonimato.
Em nota, a assessoria de imprensa da Polícia Militar informou que as folgas não foram totalmente canceladas, e ressaltou que antes da criação do RAS os policiais sempre foram escalados no período dos grandes eventos e não eram remunerados por esses serviços extras


Fonte: Jornal Extra


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